Nunca tenho tido tempo de postar aqui, mas de vez em quando dou uma passadinha. Nem sei se tem alguém vendo isso, mas pode ser benção pra alguém, então aí vai.
O Sofrimento tem o seu valor
Em matéria de sofrimento, na bíblia, Jó é um bom exemplo de alguém que sofreu (senão o maior). “Homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1.1). Apesar deste currículo, passou por momentos que qualquer um de nós acharia insuportáveis. Jó perdeu seus bens, pessoas amadas (Jó 1.13-19) e ainda tinha a companhia de alguns “amigos” que tentavam encontrar nele pecado para merecer tamanho sofrimento de Deus.
Nossa maior dúvida em relação ao sofrimento sempre foi o fato de ele nem sempre estar relacionado com merecimento da nossa parte. Nossa colocação, muitas vezes diante de Deus e das pessoas é: “o que eu fiz para merecer isso?”. Mas não é tão simples assim. Não é como uma função: VIDA COM DEUS = AUSENCIA DE SOFRIMENTO. Posteriormente entenderemos que isso seria, no mínimo, falta de amor da parte de Deus e Deus seria incapaz disso, pois Ele é o próprio amor (I João 4.16).
Precisamos desvincular “sofrimento” de “erro” ou “pecado”. Esse foi o grande erro dos amigos de Jó. Para eles, o sofrimento seria sempre precedido pelo pecado, mas isto não é verdade, tanto que eles foram repreendidos pelo próprio Deus (Jó 42. 7,8). É verdade que, por muitas vezes, sofremos por causa dos nossos erros e más escolhas, mas nem sempre há este vínculo. Há momentos em que realmente parece que não merecíamos o sofrimento.
Infelizmente (para muitos) ou felizmente (para alguns), não temos todas as respostas sobre as circunstâncias da vida. Por muitas vezes sofremos sem entender o porquê e, naturalmente, certas dúvidas surgem em nossa mente. Saiba que Deus entende os seus sentimentos e, com toda certeza, não o recrimina por isso, mas, para que lidemos melhor com o sofrimento, precisamos entender inicialmente duas coisas:
O sofrimento tem o seu valor. Parece difícil e até um pouco utópico entender um versículo como o de Tiago 1.1, que diz que devemos nos alegrar com o sofrimento. A alegria que as provações devem produzir em nós, segundo Tiago, não é proveniente da circunstância, mas sim do conhecimento da finalidade desta provação. Existem coisas que só aprendemos por meio das adversidades e Deus, por nos amar muito, quer que eu e você nos tornemos maduros, que passemos por perdas, frustrações e conflitos, tornando-nos mais fortes e perseverantes (Tiago 1.3). Na vida é assim. Não é diferente na vida cristã.
Você não precisa entender tudo. Jó, no fim de sua sofrida história, se tranqüiliza diante de Deus. Ele não havia entendido o porquê de tamanho sofrimento, mas havia entendido que não precisava entender (Jó 42.1-6). Seu único entendimento foi o de ser incapaz de entender os planos de Deus.
Se nós fôssemos capazes de prever o sofrimento, certamente o evitaríamos, mas este com certeza não é o melhor pra nós. A “alegria” com o sofrimento vem da certeza da soberania de um Pai que está guiando nossas vidas, moldando o nosso caráter para que alcancemos um bem final (que nós desejamos, mas muitas vezes não queremos passar pelo processo), e da certeza de que, verdadeiramente, “todas as coisas cooperam para o BEM daqueles que amam a Deus” (Romanos 8. 28).
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais” Jeremias 29.11
Em Cristo;
Nada mais do que uma voz.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
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